sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Cuidar, Brincar e Educar na Educação Infantil

         

BRINCAR,CUIDAR E  EDUCAR  

O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI), documento do MEC, que fundamenta este segmento educacional apresenta a tríade que contempla o cuidar, o educar e o brincar com as crianças de 0 a 5 anos, porém, nem tudo é como o mesmo define. 
Nos últimos anos os debates acerca da Educação Infantil têm apontado a necessidade de que as instituições incorporem de maneira integrada o cuidar, o educar e o brincar. No entanto, esta nova visão enfrenta grandes barreiras diante da história do atendimento as crianças pequenas, principalmente crianças pobres, em cunho meramente assistencialista.
Modificar esta concepção de educação assistencialista significa atentar para questões que vão além dos aspectos legais. Embora tenhamos uma ampla legislação na área da Educação Infantil, ela na assegura a qualidade no atendimento a estas crianças.
Precisamos, enquanto educadores, entender que quando brincamos, cuidamos, quando cuidamos, educamos, e quando educamos, brincamos. E é nessa perspectiva que temos que encaminhar as crianças nesta etapa da vida educacional, pois perceber a indissociabilidade das ações do brincar, cuidar e educar significa que a criança é compreendida como cidadã em processo de desenvolvimento, ou seja, se houver a sentença: Brincar + Educar + Cuidar = o resultado será o desenvolvimento infantil coerente e efetivo.
Estas ações são importantes para a formação social, intelectual, psicológica da criança, mas em especial o brincar, reflete mais relevância, pois é inerente do ser humano, especialmente quando ainda somos bem pequenos, já que através das brincadeiras, a criança se diverte infantilmente com flexibilidade, com aprendizagens acerca da vida, do mundo, do outro.
Delors apresenta a nós educadores o quatro pilares da educação. Segundo o autor, todo o processo educacional é sustentado por: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver; aprender a ser. E todos estes pontos são facilmente contemplados através do brincar, do educar e do cuidar na Educação Infantil.
Educar, cuidar e brincar são direitos constitucionais da criança, já que em 1988, a Constituição fez referência a este segmento educacional. garantindo o direito as crianças de serem atendidas e respeitadas em suas possibilidades.
Mas, o que significa respeitar a criança? Qual a nossa concepção de atendimento educacional após anos de promulgação das leis brasileiras?
Infelizmente, a intecionalidade destas leis não são atendidas na maioria das escolas infantis, já que hoje, o tempo para brincar é cada vez menor dentro e fora das escolas, e o cuidar e o educar viraram prioridades maiores,talvez por contemplarem os maiores desejos das famílias. E ainda temos que contar negativamente com os meios de comunicação que enclausuram nossas crianças, impedindo que brinquem e que portanto, diminuam a criatividade, e capacidade de pensamento.
Vale a pena refletir acerca desta realidade e nós, educadores, adotarmos nova postura, mais comprometida com a criança, que é o ponto chave do processo educacional na primeira infância.



    Avaliação na Educação Infantil



    …a avaliação subsidia decisões a respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do resultado que estamos construindo.Luckesi (2002, p 85)


    A escola não está isolada da sociedade em que está inserida. Como a sociedade se encontra num momento de muita tensão e disparidades, a escola também não funciona harmonicamente. Os textos de formação de ontem não resolvem os problemas da sociedade de hoje. Portanto o professor deve estar preparado para atuar nesse meio e para tomar decisões pessoais arriscadas. Tem que tomar posição como única garantia de um agir consciente e comprometido que leva à busca de respostas para os objetivos da educação e das exigências pragmáticas visando a compreensão atual dos processos da aprendizagem e da cognição que mudou muito. A didática crítica nos diz que a avaliação é processo de indagação e reflexão e ponto de partida para a ação e não ponto final de comprovações sobre dados passados. Necessitamos dela pra compreender e para fortalecer os processos que desejamos gerar
    .A avaliação desempenha funções que a distanciam de propósitos de formação e os usos que se fazem dela geralmente se prestam mais à exclusão e à seleção do que a formação e à integração.

    Análises e discussões periódicas das ações sobre o trabalho pedagógico 
    fornecem elementos imp
    ortantes para a elaboração e reelaboração do planejamento. Igualmente  e importante é dar voz à criança. Nesse sentido, a prática de avaliar coletivamente o dia-a-dia escolar, segundo o olhar infantil, traz contribuições fundamentais e surpreendentes para o adulto educador, ao mesmo tempo que sedimenta a crença na concepção de criança cidadã.

    Observações e registros sistemáticos

    Os registros podem ser feitos no caderno de planejamento, onde cada professor acontecimentos novos, conquistas e/ou mudanças de seu grupo e de determinadas crianças, dados e situações significativos acerca do trabalho realizado e interpretações sobre as próprias atitudes e sentimentos.


    É real que, no dia-a-dia, o professor/recreador não consiga registrar informações sobre todas as crianças do seu grupo, mas é possível que venha a privilegiar três ou quatro crianças de cada vez e, assim, ao final do período, terá observado e feito registro sobre todas as crianças.



    Instrumentos de registro


    Para darmos espaço à variada expressão infantil, arquivos contendo planos e materiais referentes aos temas trabalhados, relatórios das crianças e portfólios podem ser utilizados como instrumentos de registro de desenvolvimento.
    O professor/recreador deve organizar um dossiê de cada criança, guardando aí seus materiais mais significativos e capazes de exemplificar seu desenvolvimento.

    Também durante a vivência de um projeto de trabalho, cada grupo deve ter como meta a produção de um ou mais materiais que organize o conhecimento constituído acerca do assunto explorado. Assim sendo, o arquivo das produções é o dossiê do projeto realizado pelos grupos de uma mesma instituição.




    Fonte:www.multirio.rj.gov.br/portal




    Teorias da Aprendizagem





    TEORIA
    É uma construção humana para interpretar sistematicamente uma área de conhecimento.
    Construídas para prever e explicar fenômenos;
    São constituídas de conceitos e princípios;
    Conceitos são signos que apontam regularidades em objetos e eventos. São usados para pensar e dar respostas rotineiras e estáveis.
    Princípios são relações significativas entre conceitos. As teorias são mais amplas que os princípios.
    Subjacentes às teorias, estão sistemas de valores ou visões de mundo, que mudam com o tempo e com a cultura.
    APRENDIZAGEM
    Condicionamento, mudança de comportamento, aquisição de informação, aumento de conhecimento,
    resolução de problemas, construção de novos significados, revisão de modelos mentais, etc.
    O conceito de aprendizagem tem vários significados não compartilhados entre os teóricos da área.

    TEORIAS DE APRENDIZAGEM
    São diferentes de modelos de ensino.
    Elas são construídas para interpretar a área do conhecimento que chamamos aprendizagem.
    Representam o ponto de vista de um autor ou autores.
    Mudam com o tempo e dependem de fatores sociais, políticos, culturais e econômicos da época.

    Elas são :
    Comportamentalista (Pavlov, Skinner, etc.)
    Cognitiva (Piaget, Vygotsky, Johnson-Laird, etc)
    Afetiva (Rogers, Novak)
    Psicomotora  (Gestalt, Lewin, etc)
    Cognitivismo
    Construtivismo = cognitivista + interpretacionista.  O ser humano tem a capacidade criativa de interpretar e representar o mundo, não somente de responder a ele.
    O aluno deixa de ser visto como mero receptor de conhecimento e passa ser considerado agente da construção de sua estrutura cognitiva.
    Humanismo
    enfatiza o aprendiz
    auto-realização da pessoa
    além do intelecto, considera sentimentos e ações
    domínio afetivo
    ensino “centrado no aluno” e “escolas abertas”
    Comportamentalismo
    Ênfase nos comportamentos observáveis e controláveis: respostas aos estímulos externos  o comportamento é controlado por suas conseqüências  não há hipóteses sobre as atividades mentais que ocorrem entre o estímulo e a resposta embasou a “instrução programada” nas décadas de 60 e 70 e influencia o ensino até os dias de hoje.
    Cognitivismo
    Enfatiza a cognição, o ato de conhecer, como o ser humano conhece o mundo  estuda os processos mentais, isto é, o como conhecemos se ocupa da atribuição de significados, da compreensão, transformação, armazenamento e uso da informação  percepção, resolução de problemas, tomada de decisões, compreensão, etc


    Teorias de Aprendizagem
    Características
    Epistemologia Genética de PiagetPonto central: estrutura cognitiva do sujeito. As estruturas cognitivas mudam através dos processos de adaptação: assimilação e acomodação. A assimilação envolve a interpretação de eventos em termos de estruturas cognitivas existentes, enquanto que a acomodação se refere à mudança da estrutura cognitiva para compreender o meio. Níveis diferentes de desenvolvimento cognitivo.
    Teoria Construtivista de BrunerO aprendizado é um processo ativo, baseado em seus conhecimentos prévios e os que estão sendo estudados. O aprendiz filtra e transforma a nova informação, infere hipóteses e toma decisões. Aprendiz é participante ativo no processo de aquisição de conhecimento. Instrução relacionada a contextos e experiências pessoais.
    Teoria Sócio-Cultural de VygotskyDesenvolvimento cognitivo é limitado a um determinado potencial para cada intervalo de idade (ZPD); oindivíduo deve estar inserido em um grupo social e aprende o que seu grupo produz; o conhecimento surge primeiro no grupo, para só depois ser interiorizado. A aprendizagem ocorre no relacionamento do aluno com o professor e com outros alunos.
    Aprendizagem baseada em Problemas/ Instrução ancorada 
    (John Bransford & the CTGV)
    Aprendizagem se inicia com um problema a ser resolvido. Aprendizado baseado em tecnologia. As atividades de aprendizado e ensino devem ser criadas em torno de uma "âncora", que deve ser algum tipo de estudo de um caso ou uma situação envolvendo um problema.
    Teoria da Flexibilidade Cognitiva (R. Spiro, P. Feltovitch & R. Coulson)Trata da transferência do conhecimento e das habilidades. É especialmente formulada para dar suporte ao uso da tecnologia interativa. As atividades de aprendizado precisam fornecer diferentes representações de conteúdo.
    Aprendizado Situado (J. Lave)Aprendizagem ocorre em função da atividade, contexto e cultura e ambiente social na qual está inserida. O aprendizado é fortemente relacionado com a prática e não pode ser dissociado dela.
    GestaltismoEnfatiza a percepção ao invés da resposta. A resposta é considerada como o sinal de que a aprendizagem ocorreu e não como parte integral do processo. Não enfatiza a seqüência estímulo-resposta, mas o contexto ou campo no qual o estímulo ocorre e o insight tem origem, quando a relação entre estímulo e o campo é percebida pelo aprendiz.
    Teoria da Inclusão (D. Ausubel)O fator mais importante de aprendizagem é o que o aluno já sabe. Para ocorrer a aprendizagem, conceitos relevantes e inclusivos devem estar claros e disponíveis na estrutura cognitiva do indivíduo. A aprendizagem ocorre quando uma nova informação ancora-se em conceitos ou proposições relevantes preexistentes.
    Aprendizado Experimental (C. Rogers)Deve-se buscar sempre o aprendizado experimental, pois as pessoas aprendem melhor aquilo que é necessário. O interesse e a motivação são essenciais para o aprendizado bem sucedido. Enfatiza a importância do aspecto interacional do aprendizado. O professor e o aluno aparecem como os co-responsáveis pela aprendizagem.
    Inteligências múltiplas (Gardner)No processo de ensino, deve-se procurar identificar as inteligências mais marcantes em cada aprendiz e tentar explorá-las para atingir o objetivo final, que é o aprendizado de determinado conteúdo.

    http://www.planetaeducacao.com.br/professores/suporteaoprof/pedagogia/teorias00.asp

    quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

    Sequência Didática: Nome

    Conteúdo :Leitura e escrita de nomes próprios 

    Objetivos

    - Diferenciar letras e desenhos. 
    - Diferenciar letras e números.
    - Diferenciar letras umas das outras.
    - A quantidade de letras usadas para escrever cada nome.
    - Função da escrita dos nomes: para marcar trabalhos, identificar materiais, registrar a presença na sala de aula (função de memória da escrita) etc.

    Material necessário

    Folhas de papel sulfite com os nomes das crianças da classe impressos, etiquetas de cartolina, folhas de papel craft e letras móveis.



    Desenvolvimento 

    1ª etapa:Peça que as crianças desenhem. Recolha as produções e questione os alunos como fazer para que se saiba a quem pertence cada material. Ouça as sugestões. Distribua etiquetas e peça que cada um escreva seu nome na sua presença. Chame a atenção para as letras usadas, a direção da escrita, a quantidade de letras etc.

    Dê oportunidade de o aluno escrever da maneira que consegue.
    2ª etapa: Questione os alunos como os professores podem fazer para saber o nome da sala toda nos primeiros dias de aula. Ajude-os a concluir sobre a função do uso de crachás. Distribua
    cartões com a escrita do nome de cada um que deverá ser copiado nos crachás. Priorize nesse momento a escrita com a letra de imprensa maiúscula (mais fácil de compreensão e reprodução pelo aluno).
    3ª etapa :Lance para a classe o problema: como podemos fazer para não esquecer quem falta na aula? Apresente uma lista com todos os nomes da classe. Escreva todos os nomes com letra de imprensa maiúscula. Peça que localizem na lista da sala o próprio nome. O cartaz com essa lista pode ser grande e fixado em local visível. Disponibilize letras móveis e peça para cada um montar o próprio nome.
    4ª etapa:Dê uma lista com todos os nomes da sala para cada criança. Dite um nome e peça que encontre sua escrita e o circule. Em seguida, peça a um aluno que escreva aquele nome na lousa. A turma deve conferir se circularam o nome certo. Para que essa atividade seja possível, é importante fornecer algumas ajudas. Diga a letra inicial e final, por exemplo.
    5ª etapa:Peça que as crianças digam o nome dos alunos ausentes e que façam circular esses nomes. Depois, peça para separarem a lista em duas colunas: nomes das meninas e nomes dos meninos. É importante chamar a atenção para a ordem alfabética utilizada nas listas. A nomeação das letras do alfabeto é fundamental para ajudar o aluno a buscar a letra que necessita para escrever. Em geral, as crianças chegam à escola sabendo "dizer" o alfabeto, ainda que não associando o nome da letra aos seus traçados. Aproveite esse  conhecimento para que possam fazer a relação entre o nome da letra e o respectivo traçado. 

    Avaliação Observe se as crianças avançaram em suas hipóteses de escrita, ampliaram o repertório das relações que estabelecem, começam a interpretar a escrita durante e depois de sua produção e se pedem ou fornecem informações ao colega durante a realização das atividades. 

    http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/nomes-proprios 

    Portfólio


    O portfólio ou portafólio ou ainda portifólio enquanto instrumento avaliativo pode favorecer a reflexão contínua do aluno e do professor sobre a qualidade das práticas educativas realizadas e em realização no contexto escolar. Constitui em um conjunto organizado de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de um período de tempo. Tem como finalidade proporcionar um diálogo entre os envolvidos no processo avaliativo sobre aprendizagem e o desenvolvimento de cada um. Além disso, encoraja os alunos a comunicarem sua compreensão e suas dúvidas.
    Ter um portfólio não é apenas armazenar folhas em um determinado local, mas convidar o aluno a registrar a história de seu percurso de modo a: fazer relatos do que aprendeu; incluir, na documentação, produções que revelem realizações pessoais; refletir sobre mudanças; e, identificar experiências de aprendizagem significativas, ou não, de acordo com seus próprios critérios.
    Para o aluno, elaborar um portfólio envolve a oportunidade de participar da organização do seu material, pensar sobre o que nele está contido, ou seja, se auto-avaliar. Na organização de portfólios, os alunos têm oportunidades freqüentes de folhear seus trabalhos, podendo escrever pequenos textos, organizando o que já aprenderam ao final de um período – semana, mês, bimestre ou trimestre. Isto dá a eles a possibilidade de ter consciência sobre os avanços conseguidos, as atividades realizadas e sobre o projeto em si.
    É importante esclarecer que a caracterização do portfólio como instrumento de avaliação não está especificamente em seu formato físico, que pode ser uma pasta, uma caixa, um CD ou outro que os organizadores considerarem eficiente.
    A elaboração do portfólio é de responsabilidade do aluno, mas tem a supervisão direta do professor, que auxilia na organização e na seleção das informações a serem utilizadas, estimula seu uso, prevê momentos de trabalho com a documentação, usa o portfólio no processo de avaliação e auto-avaliação.
    Cada aluno pode completar seu portfólio durante uma aula, ao término de uma atividade ou ao término do estudo de um tema. É comum, especialmente se o professor levar a sério sua organização, que os alunos passem a perceber mais claramente o que desejam que esteja em seu portfólio. Entre eles surgem comentários tais como “esse texto ficou bom”, ou “esse jogo foi diferente, deu trabalho, mas aprendi”, que são importantes, pois refletem envolvimento e percepção do processo vivido na aula. Cada aluno pode organizar um índice para o seu portfólio, uma apresentação e mesmo uma classificação que demonstre como as idéias estão sendo organizadas, trabalhadas etc..
    Existem três tipos básicos:

    Portfólio de trabalho


    É uma coleção dos trabalhos, cujo propósito é servir como um arquivo das atividades do aluno, que poderão futuramente ser selecionados para compor outro tipo de portfólio. Pode ser usado para diagnosticar as necessidades do aluno e reorientar o ensino, pois o aluno e o professor poderão conhecer os pontos fortes e fracos do processo de aprendizagem em relação aos objetivos alcançados. Ao elaborar o portfólio e avaliar seu conteúdo, o aluno torna-se mais reflexivo e auto-orientado. Esse portfólio estrutura-se em torno de um conteúdo específico e documenta o processo de aprendizagem do aluno em relação ao seu domínio de objetivos esperados.

     Portfólio de apresentação ou dos melhores trabalhos

    Contém os melhores trabalhos realizados pelo aluno, podendo incluir atividades extra-curriculares (ex.: participação em concurso ou evento científico, trabalho voluntário em instituições sociais, etc.). Como aprendiz o aluno seleciona o que acredita ser importante para sua aprendizagem.

     Portfólio de avaliação

    Documenta o processo de aprendizagem do aluno: seus comentários sobre os pontos trabalhados de acordo com os objetivos curriculares.

    Passos para a criação de um portfólio

    O portfólio é composto de duas importantes dimensões: o produto (um portfólio completo) e o processo, que envolve um olhar seletivo e crítico sobre as atividades de aprendizagem. O processo de desenvolvimento de um portfólio consiste de quatro passos básicos: coleção, seleção, reflexão e projeção.

    ü A coleção de atividades realizada pelo aluno exige planejamento de acordo com os objetivos de aprendizagem que se deseja atingir, ilustrando e documentando o que o aluno aprendeu.
    ü A seleção é o momento que o aluno (com a ajuda, se desejar ou se estabelecido) examina o que foi coletado para identificar quais atividades melhor demonstram o seu processo de aprendizagem, no sentido de sinalizar limites, recuos, possibilidades e avanços.
    ü A reflexão constitui-se em um momento especial, pois o aluno articula (por escrito) sua apreciação sobre cada trabalho selecionado para compor o portfólio.
    ü A projeção, estágio final da elaboração do portfólio, consiste em definir objetivos para o futuro. O aluno analisa os trabalhos realizados como um todo avalia e projeta ações para melhoria e aprofundamento.

     Estrutura do portfólio
    :

     Capa;
     Identificação;
     Sumário ou índice;
     Introdução;
     Justificativa ou objetivos;
     Desenvolvimento;

     Conclusão;
     Bibliografia. 


    Itens que podem constar

     Pesquisas;
     Amostras de trabalhos sobre o tema;
     Diário de aprendizagens;
     Fotografias;
     Reportagens com o comentário do aluno a respeito do tema;
     Registros escritos;
     Entrevistas;
     Referências bibliográficas;
     Registros de casos;
     Relatos narrativos, produções textuais;
     Gravações de áudio e vídeo;
     Listagem, tabelas e gráficos;
     Situações-problema envolvendo o assunto;
     Colagens (dobraduras, recortes, objetos, plantas, etc.);
     Auto-avaliações;
      Resumos de filmes, seminários, etc.;

     É importante ressaltar que o portfólio é um instrumento de avaliação personalizado, cuja estrutura e conteúdo diferem, mesmo quando produzido num mesmo contexto escolar.

    Temos ainda como instrumentos de avaliação:

     Relatórios;
     Seminários;
    Questionários;
     Auto-avaliação;

    Confecção de cartazes, álbuns temáticos, maquetes, apresentação de jornal escrito ou falado produzido pelo aluno, criação de jogos relacionados a determinado tipo de conteúdo, entre outros recursos.

    Bibliografia:

     BARBIER, J. M.. A avaliação em formação. Porto: Edições Afrontamento, 1985.

    ESTEBAN, Maria Teresa. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5 ed.- Rio
    de Janeiro, 2003.

    LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 13ª ed., São Paulo: Cortez, 2002.

    MORETTO, Vasco P. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. Rio de Janeiro: Lamparina,2007.

    PELLEGRINI, Denise. Pesquisa é coisa séria. Revista Nova Escola. São Paulo: Editora Abril. maio,1999.
    __________. Avaliar para ensinar melhor. Revista Nova Escola.Edição nº 159 São Paulo: Editora Abril. Fevereiro, 2003.

    SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? : Como avaliar? : critérios e instrumentos. Petrópolis ,RJ: Vozes: 1995.

    SEIFFERT, Otília M. L. B. Portfólio de avaliação do aluno: como desenvolvê-lo? São Paulo: PUC,2003

    SMOLE, K.C.S. Inteligência e avaliação: da idéia de medida à idéia de projeto. Tese de doutorado pela FE/USP, 2001.



    Rotina na Educação Infantil


    A rotina é um elemento importante da Educação Infantil, por proporcionar à criança sentimentos de estabilidade e segurança. Também proporciona à criança maior facilidade de organização espaço-temporal, e a liberta do sentimento de estresse que uma rotina desestruturada pode causarEntretanto, como vimos, a rotina não precisa ser rígida, sem espaço para invenção (por parte dos professores e das crianças). Pelo contrário a rotina pode ser rica, alegre e prazerosa, proporcionado espaço para a construção diária do projeto político-pedagógico da instituição de Educação Infantil. 
    Hora da Roda:Na roda, o professor recebe as crianças, proporcionando sensações como acolhimento, segurança e de pertencer àquele grupo, aos pequenos que vão chegando. Para tal, pode utilizar jogos de mímica, músicas e mesmo brincadeiras tradicionais, como “adoleta” e “corre-cotia”,, promovendo um verdadeiro “ritual” de chegada. Após a chegada, o educador deve organizar a roda de conversa, onde as crianças podem trocar idéias e falar sobre suas vivências. Aqui cabe ao educador organizar o espaço, para que todos os que desejam possam falar, para que todos estejam sentados de forma que possam ver-se uns aos outros, além de fomentar as conversas, estimulando as crianças a falarem, e promovendo o respeito pela fala de cada um. Através das falas, o professor pode conhecer cada um de seus alunos, e observar quais são os temas e assuntos de interesse destas. Na roda, o educador pode desenvolver atividades que estimulam a construção do conhecimento acerca de diversos códigos e linguagens, como, por exemplo, marcação do dia no calendário, brincadeiras com crachás contendo os nomes das crianças, jogos dos mais diversos tipos (visando apresentá-los às crianças para que, depois, possam brincar sozinhas) e outras. Também na roda deverão ser feitas discussões acerca dos projetos que estão sendo trabalhados pela classe, além de se apresentar às crianças as atividades do dia, abrindo, também, um espaço para que elas possam participar do planejamento diário. O tempo de duração da roda deve equilibrar as atividades a serem ali desenvolvidas e a capacidade de concentração/interação das crianças neste tipo de atividade.














    Artes Plásticas
    O trabalho com artes plásticas na Educação Infantil visa ampliar o repertório de imagens das crianças, estimulando a capacidade destas de realizar a apreciação artística e de leitura dos diversos tipos de artes plásticas (escultura, pintura, instalações). Para tal, o professor pode pesquisar e trazer, para a sala de aula, diversas técnicas e materiais, a fim de que as crianças possam experimentá-las, interagindo com elas a seu modo, e produzindo as suas próprias obras, expressando-se através das artes plásticas. Assim, elas aumentarão suas possibilidades de comunicação e compreensão acerca das artes plásticas. Também poderão conhecer obras e histórias de artistas (dos mais diversos estilos, países e momentos históricos), apreciando-as e emitindo suas idéias sobre estas produções, estimulando o senso estético e crítico.

    Hora da História
    Podemos dizer que o ato de contar histórias para as crianças está presente em todas as culturas, letradas ou não letradas, desde os primórdios do homem. As crianças adoram ouvi-las, e os adultos podem descobrir o enorme prazer de contá-las. Na Educação Infantil, enquanto a criança ainda não é capaz de ler sozinha, o professor pode ler para ela. Quando já é capaz de ler com autonomia, a criança não perde o interesse de ouvir histórias contadas pelo adulto; mas pode descobrir o prazer de contá-las aos colegas. Enfim, a “Hora da História” é uma momento valioso para a educação integral (de ouvir, de pensar, de sonhar) e para a alfabetização, mostrando a função social da escrita. O professor pode organizar este momento de diversas maneiras: no início ou fim da aula; incrementando com músicas, fantasias, pinturas; organizando uma pequena biblioteca na sala; fazendo empréstimos de livros para que as crianças leiam em casa, enfim, há uma infinidade de possibilidades.

    Hora da Brincadeira
    Brincar é a linguagem natural da criança, e mais importante delas. Em todas as culturas e momentos históricos as crianças brincam (mesmo contra a vontade dos adultos). Todos os mamíferos, por serem os animais no topo da escala evolutiva, brincam, demonstrando a sua inteligência. Entretanto, há instituições de Educação Infantil onde o brincar é visto como um “mal necessário”, oferecido apenas por que as crianças insistem em fazê-lo, ou utilizado como “tapa-buraco”, para que o professor tenha tempo de descansar ou arrumar a sala de aula. Acreditamos que a brincadeira é uma atividade essencial na Educação Infantil, onde a criança pode expressar suas idéias, sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e aos seus colegas como é o seu mundo, o seu dia-a-dia. A brincadeira é, para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar idéias, regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo característico; de solucionar os conflitos que surgem, tornando-se autônoma; de experimentar papéis, desenvolvendo as bases da sua personalidade. Cabe ao professor fomentar as brincadeiras, que podem ser de diversos tipos. Ele pode fornecer espelhos, pinturas de rosto, fantasias, máscaras e sucatas para os brinquedos de faz-de-conta: casinha, médico, escolinha, polícia-e-ladrão, etc. Pode pesquisar, propor e resgatar jogos de regra e jogos tradicionais: queimada, amarelinha, futebol, pique-pega, etc. Pode confeccionar vários brinquedos tradicionais com as crianças, ensinando a reciclar o que seria lixo, e despertando o prazer de confeccionar o próprio brinquedo: bola de meia, peteca, pião, carrinhos, fantoches, bonecas, etc. Pode organizar, na sala de aula, um cantinho dos brinquedos, uma “casinha” além de, é claro, realizar diversas brincadeiras fora da sala de aula. Além disso, as brincadeiras podem despertar projetos: pesquisar brinquedos antigos, fazer uma Olimpíada na escola, ou uma Copa do Mundo, etc.

    Hora do Lanche/Higiene
    Devemos lembrar que comer não é apenas uma necessidade do organismo, mas também uma necessidade psicológica e social. Na Bíblia, por exemplo, encontramos dezenas de situações em que Jesus compartilhava refeições com seus discípulos, fato que certamente marcou nossa cultura. Em qualquer cultura os adultos (e as crianças) gostam de realizar comemorações e festividades marcadas pela comensalidade (comer junto). Por isso, a hora do lanche na Educação Infantil não deve atender apenas às necessidades nutricionais das crianças, mas também às psicológicas e sociais: de sentir prazer e alegria durante uma refeição; de partilhar e trocar alimentos entre colegas; de aprender a preparar e cuidar do alimento com independência; de adquirir hábitos de higiene que preservam a boa saúde. Por isto, a hora do lanche também deve ser planejada pelo professor. A disposição dos móveis deve facilitar as conversas entre as crianças; deve haver lixeiras e material de limpeza por perto para que as crianças possam participar da higiene do local onde será desfrutado o lanche (antes e depois dele ocorrer); deve haver uma cesta onde as crianças possam depositar o lanche que desejam trocar entre si (estimulando a socialização e, ao mesmo tempo, o cuidado com a higiene). Além disso, é importante que o professor demonstre e proporcione às crianças hábitos saudáveis de higiene antes e depois do lanche (lavar as mãos, escovar os dentes, etc.). O lanche também pode fazer parte dos projetos desenvolvidos pela turma: pesquisar os alimentos ais saudáveis, plantar uma horta, fazer atividades de culinária, produzir um livro de receitas, fazer compras no mercado para adquirir os ingredientes de uma receita, dentre outras, são atividades às quais o professor pode dar uma organização pedagógica que possibilite às crianças participar ativamente, e elaborar diversos projetos junto com a turma.

    Atividades Físicas/Parque
    Fanny Abramovich lembra-nos, com muito humor, o papel usualmente atribuído ao movimento nas nossas escolas: “Não se concebe que o aluno sequer possua um corpo. Em movimento permanente. Que encontre respostas através de seus deslocamentos. Um corpo que é fonte e ponte de aprendizagens, de reconhecimentos, de constatações, de saber, de prazer. Basicamente, possui cabeça (para entender o que é dito) e mão (para anotar o que é dito). Portanto, pode e deve ficar sentado o tempo todo da aula. Breves estiramentos, andadelas rápidas, podem ser efetuadas nos intervalos. No mais, os braços são úteis para segurar livros/cadernos/papéis e pés e pernas se satisfazem ao ser selecionados para levantar/perfilar/sair. E basta.” (ABRAMOVICH, 1998, p. 53) Na Educação Infantil, o principal objetivo do trabalho com o movimento e expressão corporal é proporcionar à criança o conhecimento do próprio corpo, experimentando as possibilidades que ele oferece (força, flexibilidade, equilíbrio, entre outras). Isto proporcionará a ela integrá-lo e aceitá-lo, construindo uma auto-imagem positiva e confiante. Para isso o professor deve proporcionar atividades, fora e dentro da sala de aula, onde a criança possa se movimentar. Alongamentos, ioga, circuitos, brincadeiras livres, jogos de regras, tomar banho de mangueira, subir em árvores... São diversas as possibilidades. O professor deve organizá-las e planejá-las, mas sempre com um espaço para a invenção e colaboração da criança. O momento do parque também assume uma conotação diferente. Não é apenas um intervalo para descanso das crianças e dos professores. É mais um momento de desafio, afinal, há aparelhos, árvores, areia, baldinhos e pás, pneus, cordas, bolas, bambolês e tantas brincadeiras que esses materiais oferecem. O professor deve estar próximo, auxiliando e estimulando a criança a desenvolver a sua motricidade e socialização, ajudando, também, a resolver os conflitos que surgem nas brincadeiras quando, porventura, as crianças não forem capazes de solucioná-los sozinhas.

    Atividades Extra-Classe
    (Interação com a comunidade)
    A sala de aula e o espaço físico da escola não são os únicos espaços pedagógicos possíveis na Educação Infantil. Em princípio, qualquer espaço pode tornar-se pedagógico, dependendo do uso que fazemos dele. Praças, parques, museus, exposições, feiras, cinemas, teatros, supermercados, exposições, galerias, zoológicos, jardins botânicos, reservas ecológicas, ateliês, fábricas e tantos outros. O professor deve estar atento à vida da comunidade e da cidade onde atua, buscando oportunidades interessantes, que se relacionem aos projetos desenvolvidos na classe, ou que possam ser o início de novos projetos. Isto certamente enriquecerá e ampliará o projeto político-pedagógico da instituição, que não precisa ser confinando à área da escola. Pode haver até mesmo intercâmbios com outras instituições educacionais.


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    Sequência Didática: Calendário

    Tema: Cada dia é sempre um novo dia


      Objetivos:
    - Aprender sobre o funcionamento dos números num contexto específico: o calendário; 
    - Familiarizar-se com uma forma particular de organizar a informação, identificando a passagem do tempo apoiado no calendário; 
    - Utilizar o calendário como forma de organizar acontecimentos e compromissos comuns ao grupo, interpretando a série numérica, compreendendo certas regularidades das medidas de tempo, como dia, mês e ano. 

    Conteúdos - Utilização dos números em diferentes contextos; 
    - Início da medição social do tempo; 
    - Localização, leitura, interpretação de informação matemática em calendários. 

    Tempo estimado 
    As atividades propostas aqui podem se desenvolvidas ao longo do ano, de forma sistemática: diariamente, uma vez por semana, etc. 

    Material necessário calendário tipo folhinha com uma página para cada mês 
    Desenvolvimento das atividades 
    As crianças vêem todos os dias calendários que contem informações de uso habitual, cabe à escola ampliar e sistematizar essas experiências para que todas as crianças possam dar sentido a uma prática. 
    O calendário pode ser utilizado para aprender sobre o tempo, mas também como fonte de informação e pesquisa para a leitura e registro de números. 
    Há diferentes tipos de calendários utilizados socialmente (folhinhas anuais, mensais, semanais) que podem ser utilizados com diferentes funções na escola. As atividades a seguir estão centradas na análise do modelo mais clássico e conhecido. 

    Atividade 1 :Apresentação do Calendário
    Localização da data 
    Leve um calendário tipo folhinha para a roda do grupo. Pergunte quem tem um calendário parecido com esse em casa e como é utilizado. Explique que poderão consultá-lo em diferentes momentos: para colocar a data em alguma tarefa, para saber a dia do aniversário dos colegas, do passeio que a turma realizará ou ainda quando precisarem escrever algum número que não conheça. 
    Diariamente, uma das crianças (o ajudante do dia) será a responsável em localizar a data no calendário e escrevê-la na lousa para que seus colegas possam anotá-la em seus trabalhos. Inicialmente, é provável que você precise ajudar as crianças nessa tarefa, porém, é importante que progressivamente passem a realizar essa tarefa sozinhas, ganhando autonomia. 
    Encontrar e copiar a data, saber o dia, são atividades interessantes que acontecem ao longo do ano, no entanto, sabemos que aquilo que se faz rotineiramente perde o sentido e deixa de ser um problema para as crianças resolverem. Se você propõe, por exemplo, que a criança "marque no calendário o dia de hoje com um X", no dia seguinte, para encontrar o número desejado, bastará olhar para o número que está logo depois do X. Desta forma, uma atividade que poderia ser rica e desafiadora transforma-se numa atividade mecânica que não beneficia a aprendizagem. Quando as crianças necessitam encontrar um número no calendário que não tem essas marca precisam colocar em ação diferentes procedimentos . 
    Atividade 2: Marcar a data de aniversário das crianças do grupo 
    Leve o calendário para o centro da roda e ajude as crianças a marcarem a data de aniversário de cada uma. É possível que as crianças ainda não saibam as datas de seus aniversários, portanto, é importante que você consulte previamente as ficha de matricula de cada criança ou pergunte aos os pais ou responsáveis o dia do aniversário de seu filho. 
    Posteriormente, monte um quadro de aniversariantes da sua classe: coloque o nome, a data do aniversário e a idade de cada um. Com o quadro pronto você pode propor questões como: "quantas crianças fazem aniversário no mês de março?" "qual o mês que tem a maior quantidade de crianças fazendo aniversário?" 
    Atividade 3 - Marcar e organizar as atividades e acontecimentos da rotina escolar 
    O calendário é um instrumento importante também para organizar a rotina escolar. Novamente leve o calendário para a roda (você pode fazer essa proposta todo início de mês) e ajude as crianças a marcarem os acontecimentos e compromissos importantes do grupo para o ano - feriados, eventos organizados na escola, passeios, etc. 
    Atividade 4 - Situações problema envolvendo a observação de características e regularidades das informações presentes no calendário 
    Além da utilização do calendário como instrumento organizador dos acontecimentos e atividades do grupo como, marcar compromissos importantes do grupo, averiguar que dia será o seguinte, localizar as datas de aniversários das crianças, é possível, vez por outra, utilizá-lo para para calcular durações. Por exemplo: quando se deseja saber quantos dias faltam para um passeio, para um aniversário, quantos dias terão para ensaiar uma apresentação que estão preparando ou quantos dias se passaram desde que começou o mês. Você precisará contar junto com as crianças ou colocar uma situação problema para que resolvam. 
    Você pode propor situações do tipo: "Quantos dias faltam para o passeio para o jardim zoológico?" "Vocês já sabem que ensaiamos toda terça-feira. Então, quantos dias teremos para ensaiar a quadrilha?" "Propor que seus alunos observem a lua no céu durante certo período e marquem no calendário a data em que ela muda de fase ." 
    As atividades de plantio, como a horta, também permitem trabalhar com a idéia de tempo. Observar qual a melhor época para o plantio de cada semente, calcular quanto tempo será necessário para a planta crescer, marcar os dias de chuva e sol em função da observação do desenvolvimento da planta, fazem parte das tarefas de um "agricultor". 
    Avaliação - confecção de um calendário para o ano seguinte 
    No segundo semestre, depois de já ter trabalhado todo o primeiro semestre com o calendário, você pode propor que as crianças, dividas em grupos, sejam confeccionem um calendário para o ano seguinte. 
    Para escolher o tema para a ilustração peça que as crianças tragam para escola diferentes calendários e analisem conjuntamente quais são as temáticas de cada um deles. A partir daí cada grupo decide qual será o tema do seu calendário. 
    Ao confeccionar o calendário as crianças enfrentam problemas relativos a distribuição da informação, suas características e regularidades (sete dias por semana, a quantidade de dias em cada mês, etc.). Por exemplo: Por que a tabela começa sempre com um domingo, mas nem sempre a gente coloca um número ali? Por que alguns dias são vermelhos? Quantas folhas terá o nosso calendário? Para ajudar nessa reflexão você pode propor algumas questões: os meses tem um ano? Quantos dias tem uma semana? Quantas semanas tem um mês? Quantos dias tem cada mês? Quais meses tem 30 dias e quais tem 31? E fevereiro, quantos dias tem? Quantas semanas tem um ano? 
    Não se esqueça de prever momentos para a produção das ilustrações de cada mês.