sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Cuidar, Brincar e Educar na Educação Infantil

         

BRINCAR,CUIDAR E  EDUCAR  

O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI), documento do MEC, que fundamenta este segmento educacional apresenta a tríade que contempla o cuidar, o educar e o brincar com as crianças de 0 a 5 anos, porém, nem tudo é como o mesmo define. 
Nos últimos anos os debates acerca da Educação Infantil têm apontado a necessidade de que as instituições incorporem de maneira integrada o cuidar, o educar e o brincar. No entanto, esta nova visão enfrenta grandes barreiras diante da história do atendimento as crianças pequenas, principalmente crianças pobres, em cunho meramente assistencialista.
Modificar esta concepção de educação assistencialista significa atentar para questões que vão além dos aspectos legais. Embora tenhamos uma ampla legislação na área da Educação Infantil, ela na assegura a qualidade no atendimento a estas crianças.
Precisamos, enquanto educadores, entender que quando brincamos, cuidamos, quando cuidamos, educamos, e quando educamos, brincamos. E é nessa perspectiva que temos que encaminhar as crianças nesta etapa da vida educacional, pois perceber a indissociabilidade das ações do brincar, cuidar e educar significa que a criança é compreendida como cidadã em processo de desenvolvimento, ou seja, se houver a sentença: Brincar + Educar + Cuidar = o resultado será o desenvolvimento infantil coerente e efetivo.
Estas ações são importantes para a formação social, intelectual, psicológica da criança, mas em especial o brincar, reflete mais relevância, pois é inerente do ser humano, especialmente quando ainda somos bem pequenos, já que através das brincadeiras, a criança se diverte infantilmente com flexibilidade, com aprendizagens acerca da vida, do mundo, do outro.
Delors apresenta a nós educadores o quatro pilares da educação. Segundo o autor, todo o processo educacional é sustentado por: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver; aprender a ser. E todos estes pontos são facilmente contemplados através do brincar, do educar e do cuidar na Educação Infantil.
Educar, cuidar e brincar são direitos constitucionais da criança, já que em 1988, a Constituição fez referência a este segmento educacional. garantindo o direito as crianças de serem atendidas e respeitadas em suas possibilidades.
Mas, o que significa respeitar a criança? Qual a nossa concepção de atendimento educacional após anos de promulgação das leis brasileiras?
Infelizmente, a intecionalidade destas leis não são atendidas na maioria das escolas infantis, já que hoje, o tempo para brincar é cada vez menor dentro e fora das escolas, e o cuidar e o educar viraram prioridades maiores,talvez por contemplarem os maiores desejos das famílias. E ainda temos que contar negativamente com os meios de comunicação que enclausuram nossas crianças, impedindo que brinquem e que portanto, diminuam a criatividade, e capacidade de pensamento.
Vale a pena refletir acerca desta realidade e nós, educadores, adotarmos nova postura, mais comprometida com a criança, que é o ponto chave do processo educacional na primeira infância.



    Avaliação na Educação Infantil



    …a avaliação subsidia decisões a respeito da aprendizagem dos educandos, tendo em vista garantir a qualidade do resultado que estamos construindo.Luckesi (2002, p 85)


    A escola não está isolada da sociedade em que está inserida. Como a sociedade se encontra num momento de muita tensão e disparidades, a escola também não funciona harmonicamente. Os textos de formação de ontem não resolvem os problemas da sociedade de hoje. Portanto o professor deve estar preparado para atuar nesse meio e para tomar decisões pessoais arriscadas. Tem que tomar posição como única garantia de um agir consciente e comprometido que leva à busca de respostas para os objetivos da educação e das exigências pragmáticas visando a compreensão atual dos processos da aprendizagem e da cognição que mudou muito. A didática crítica nos diz que a avaliação é processo de indagação e reflexão e ponto de partida para a ação e não ponto final de comprovações sobre dados passados. Necessitamos dela pra compreender e para fortalecer os processos que desejamos gerar
    .A avaliação desempenha funções que a distanciam de propósitos de formação e os usos que se fazem dela geralmente se prestam mais à exclusão e à seleção do que a formação e à integração.

    Análises e discussões periódicas das ações sobre o trabalho pedagógico 
    fornecem elementos imp
    ortantes para a elaboração e reelaboração do planejamento. Igualmente  e importante é dar voz à criança. Nesse sentido, a prática de avaliar coletivamente o dia-a-dia escolar, segundo o olhar infantil, traz contribuições fundamentais e surpreendentes para o adulto educador, ao mesmo tempo que sedimenta a crença na concepção de criança cidadã.

    Observações e registros sistemáticos

    Os registros podem ser feitos no caderno de planejamento, onde cada professor acontecimentos novos, conquistas e/ou mudanças de seu grupo e de determinadas crianças, dados e situações significativos acerca do trabalho realizado e interpretações sobre as próprias atitudes e sentimentos.


    É real que, no dia-a-dia, o professor/recreador não consiga registrar informações sobre todas as crianças do seu grupo, mas é possível que venha a privilegiar três ou quatro crianças de cada vez e, assim, ao final do período, terá observado e feito registro sobre todas as crianças.



    Instrumentos de registro


    Para darmos espaço à variada expressão infantil, arquivos contendo planos e materiais referentes aos temas trabalhados, relatórios das crianças e portfólios podem ser utilizados como instrumentos de registro de desenvolvimento.
    O professor/recreador deve organizar um dossiê de cada criança, guardando aí seus materiais mais significativos e capazes de exemplificar seu desenvolvimento.

    Também durante a vivência de um projeto de trabalho, cada grupo deve ter como meta a produção de um ou mais materiais que organize o conhecimento constituído acerca do assunto explorado. Assim sendo, o arquivo das produções é o dossiê do projeto realizado pelos grupos de uma mesma instituição.




    Fonte:www.multirio.rj.gov.br/portal




    Teorias da Aprendizagem





    TEORIA
    É uma construção humana para interpretar sistematicamente uma área de conhecimento.
    Construídas para prever e explicar fenômenos;
    São constituídas de conceitos e princípios;
    Conceitos são signos que apontam regularidades em objetos e eventos. São usados para pensar e dar respostas rotineiras e estáveis.
    Princípios são relações significativas entre conceitos. As teorias são mais amplas que os princípios.
    Subjacentes às teorias, estão sistemas de valores ou visões de mundo, que mudam com o tempo e com a cultura.
    APRENDIZAGEM
    Condicionamento, mudança de comportamento, aquisição de informação, aumento de conhecimento,
    resolução de problemas, construção de novos significados, revisão de modelos mentais, etc.
    O conceito de aprendizagem tem vários significados não compartilhados entre os teóricos da área.

    TEORIAS DE APRENDIZAGEM
    São diferentes de modelos de ensino.
    Elas são construídas para interpretar a área do conhecimento que chamamos aprendizagem.
    Representam o ponto de vista de um autor ou autores.
    Mudam com o tempo e dependem de fatores sociais, políticos, culturais e econômicos da época.

    Elas são :
    Comportamentalista (Pavlov, Skinner, etc.)
    Cognitiva (Piaget, Vygotsky, Johnson-Laird, etc)
    Afetiva (Rogers, Novak)
    Psicomotora  (Gestalt, Lewin, etc)
    Cognitivismo
    Construtivismo = cognitivista + interpretacionista.  O ser humano tem a capacidade criativa de interpretar e representar o mundo, não somente de responder a ele.
    O aluno deixa de ser visto como mero receptor de conhecimento e passa ser considerado agente da construção de sua estrutura cognitiva.
    Humanismo
    enfatiza o aprendiz
    auto-realização da pessoa
    além do intelecto, considera sentimentos e ações
    domínio afetivo
    ensino “centrado no aluno” e “escolas abertas”
    Comportamentalismo
    Ênfase nos comportamentos observáveis e controláveis: respostas aos estímulos externos  o comportamento é controlado por suas conseqüências  não há hipóteses sobre as atividades mentais que ocorrem entre o estímulo e a resposta embasou a “instrução programada” nas décadas de 60 e 70 e influencia o ensino até os dias de hoje.
    Cognitivismo
    Enfatiza a cognição, o ato de conhecer, como o ser humano conhece o mundo  estuda os processos mentais, isto é, o como conhecemos se ocupa da atribuição de significados, da compreensão, transformação, armazenamento e uso da informação  percepção, resolução de problemas, tomada de decisões, compreensão, etc


    Teorias de Aprendizagem
    Características
    Epistemologia Genética de PiagetPonto central: estrutura cognitiva do sujeito. As estruturas cognitivas mudam através dos processos de adaptação: assimilação e acomodação. A assimilação envolve a interpretação de eventos em termos de estruturas cognitivas existentes, enquanto que a acomodação se refere à mudança da estrutura cognitiva para compreender o meio. Níveis diferentes de desenvolvimento cognitivo.
    Teoria Construtivista de BrunerO aprendizado é um processo ativo, baseado em seus conhecimentos prévios e os que estão sendo estudados. O aprendiz filtra e transforma a nova informação, infere hipóteses e toma decisões. Aprendiz é participante ativo no processo de aquisição de conhecimento. Instrução relacionada a contextos e experiências pessoais.
    Teoria Sócio-Cultural de VygotskyDesenvolvimento cognitivo é limitado a um determinado potencial para cada intervalo de idade (ZPD); oindivíduo deve estar inserido em um grupo social e aprende o que seu grupo produz; o conhecimento surge primeiro no grupo, para só depois ser interiorizado. A aprendizagem ocorre no relacionamento do aluno com o professor e com outros alunos.
    Aprendizagem baseada em Problemas/ Instrução ancorada 
    (John Bransford & the CTGV)
    Aprendizagem se inicia com um problema a ser resolvido. Aprendizado baseado em tecnologia. As atividades de aprendizado e ensino devem ser criadas em torno de uma "âncora", que deve ser algum tipo de estudo de um caso ou uma situação envolvendo um problema.
    Teoria da Flexibilidade Cognitiva (R. Spiro, P. Feltovitch & R. Coulson)Trata da transferência do conhecimento e das habilidades. É especialmente formulada para dar suporte ao uso da tecnologia interativa. As atividades de aprendizado precisam fornecer diferentes representações de conteúdo.
    Aprendizado Situado (J. Lave)Aprendizagem ocorre em função da atividade, contexto e cultura e ambiente social na qual está inserida. O aprendizado é fortemente relacionado com a prática e não pode ser dissociado dela.
    GestaltismoEnfatiza a percepção ao invés da resposta. A resposta é considerada como o sinal de que a aprendizagem ocorreu e não como parte integral do processo. Não enfatiza a seqüência estímulo-resposta, mas o contexto ou campo no qual o estímulo ocorre e o insight tem origem, quando a relação entre estímulo e o campo é percebida pelo aprendiz.
    Teoria da Inclusão (D. Ausubel)O fator mais importante de aprendizagem é o que o aluno já sabe. Para ocorrer a aprendizagem, conceitos relevantes e inclusivos devem estar claros e disponíveis na estrutura cognitiva do indivíduo. A aprendizagem ocorre quando uma nova informação ancora-se em conceitos ou proposições relevantes preexistentes.
    Aprendizado Experimental (C. Rogers)Deve-se buscar sempre o aprendizado experimental, pois as pessoas aprendem melhor aquilo que é necessário. O interesse e a motivação são essenciais para o aprendizado bem sucedido. Enfatiza a importância do aspecto interacional do aprendizado. O professor e o aluno aparecem como os co-responsáveis pela aprendizagem.
    Inteligências múltiplas (Gardner)No processo de ensino, deve-se procurar identificar as inteligências mais marcantes em cada aprendiz e tentar explorá-las para atingir o objetivo final, que é o aprendizado de determinado conteúdo.

    http://www.planetaeducacao.com.br/professores/suporteaoprof/pedagogia/teorias00.asp

    quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

    Sequência Didática: Nome

    Conteúdo :Leitura e escrita de nomes próprios 

    Objetivos

    - Diferenciar letras e desenhos. 
    - Diferenciar letras e números.
    - Diferenciar letras umas das outras.
    - A quantidade de letras usadas para escrever cada nome.
    - Função da escrita dos nomes: para marcar trabalhos, identificar materiais, registrar a presença na sala de aula (função de memória da escrita) etc.

    Material necessário

    Folhas de papel sulfite com os nomes das crianças da classe impressos, etiquetas de cartolina, folhas de papel craft e letras móveis.



    Desenvolvimento 

    1ª etapa:Peça que as crianças desenhem. Recolha as produções e questione os alunos como fazer para que se saiba a quem pertence cada material. Ouça as sugestões. Distribua etiquetas e peça que cada um escreva seu nome na sua presença. Chame a atenção para as letras usadas, a direção da escrita, a quantidade de letras etc.

    Dê oportunidade de o aluno escrever da maneira que consegue.
    2ª etapa: Questione os alunos como os professores podem fazer para saber o nome da sala toda nos primeiros dias de aula. Ajude-os a concluir sobre a função do uso de crachás. Distribua
    cartões com a escrita do nome de cada um que deverá ser copiado nos crachás. Priorize nesse momento a escrita com a letra de imprensa maiúscula (mais fácil de compreensão e reprodução pelo aluno).
    3ª etapa :Lance para a classe o problema: como podemos fazer para não esquecer quem falta na aula? Apresente uma lista com todos os nomes da classe. Escreva todos os nomes com letra de imprensa maiúscula. Peça que localizem na lista da sala o próprio nome. O cartaz com essa lista pode ser grande e fixado em local visível. Disponibilize letras móveis e peça para cada um montar o próprio nome.
    4ª etapa:Dê uma lista com todos os nomes da sala para cada criança. Dite um nome e peça que encontre sua escrita e o circule. Em seguida, peça a um aluno que escreva aquele nome na lousa. A turma deve conferir se circularam o nome certo. Para que essa atividade seja possível, é importante fornecer algumas ajudas. Diga a letra inicial e final, por exemplo.
    5ª etapa:Peça que as crianças digam o nome dos alunos ausentes e que façam circular esses nomes. Depois, peça para separarem a lista em duas colunas: nomes das meninas e nomes dos meninos. É importante chamar a atenção para a ordem alfabética utilizada nas listas. A nomeação das letras do alfabeto é fundamental para ajudar o aluno a buscar a letra que necessita para escrever. Em geral, as crianças chegam à escola sabendo "dizer" o alfabeto, ainda que não associando o nome da letra aos seus traçados. Aproveite esse  conhecimento para que possam fazer a relação entre o nome da letra e o respectivo traçado. 

    Avaliação Observe se as crianças avançaram em suas hipóteses de escrita, ampliaram o repertório das relações que estabelecem, começam a interpretar a escrita durante e depois de sua produção e se pedem ou fornecem informações ao colega durante a realização das atividades. 

    http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/nomes-proprios 

    Portfólio


    O portfólio ou portafólio ou ainda portifólio enquanto instrumento avaliativo pode favorecer a reflexão contínua do aluno e do professor sobre a qualidade das práticas educativas realizadas e em realização no contexto escolar. Constitui em um conjunto organizado de trabalhos produzidos por um aluno ao longo de um período de tempo. Tem como finalidade proporcionar um diálogo entre os envolvidos no processo avaliativo sobre aprendizagem e o desenvolvimento de cada um. Além disso, encoraja os alunos a comunicarem sua compreensão e suas dúvidas.
    Ter um portfólio não é apenas armazenar folhas em um determinado local, mas convidar o aluno a registrar a história de seu percurso de modo a: fazer relatos do que aprendeu; incluir, na documentação, produções que revelem realizações pessoais; refletir sobre mudanças; e, identificar experiências de aprendizagem significativas, ou não, de acordo com seus próprios critérios.
    Para o aluno, elaborar um portfólio envolve a oportunidade de participar da organização do seu material, pensar sobre o que nele está contido, ou seja, se auto-avaliar. Na organização de portfólios, os alunos têm oportunidades freqüentes de folhear seus trabalhos, podendo escrever pequenos textos, organizando o que já aprenderam ao final de um período – semana, mês, bimestre ou trimestre. Isto dá a eles a possibilidade de ter consciência sobre os avanços conseguidos, as atividades realizadas e sobre o projeto em si.
    É importante esclarecer que a caracterização do portfólio como instrumento de avaliação não está especificamente em seu formato físico, que pode ser uma pasta, uma caixa, um CD ou outro que os organizadores considerarem eficiente.
    A elaboração do portfólio é de responsabilidade do aluno, mas tem a supervisão direta do professor, que auxilia na organização e na seleção das informações a serem utilizadas, estimula seu uso, prevê momentos de trabalho com a documentação, usa o portfólio no processo de avaliação e auto-avaliação.
    Cada aluno pode completar seu portfólio durante uma aula, ao término de uma atividade ou ao término do estudo de um tema. É comum, especialmente se o professor levar a sério sua organização, que os alunos passem a perceber mais claramente o que desejam que esteja em seu portfólio. Entre eles surgem comentários tais como “esse texto ficou bom”, ou “esse jogo foi diferente, deu trabalho, mas aprendi”, que são importantes, pois refletem envolvimento e percepção do processo vivido na aula. Cada aluno pode organizar um índice para o seu portfólio, uma apresentação e mesmo uma classificação que demonstre como as idéias estão sendo organizadas, trabalhadas etc..
    Existem três tipos básicos:

    Portfólio de trabalho


    É uma coleção dos trabalhos, cujo propósito é servir como um arquivo das atividades do aluno, que poderão futuramente ser selecionados para compor outro tipo de portfólio. Pode ser usado para diagnosticar as necessidades do aluno e reorientar o ensino, pois o aluno e o professor poderão conhecer os pontos fortes e fracos do processo de aprendizagem em relação aos objetivos alcançados. Ao elaborar o portfólio e avaliar seu conteúdo, o aluno torna-se mais reflexivo e auto-orientado. Esse portfólio estrutura-se em torno de um conteúdo específico e documenta o processo de aprendizagem do aluno em relação ao seu domínio de objetivos esperados.

     Portfólio de apresentação ou dos melhores trabalhos

    Contém os melhores trabalhos realizados pelo aluno, podendo incluir atividades extra-curriculares (ex.: participação em concurso ou evento científico, trabalho voluntário em instituições sociais, etc.). Como aprendiz o aluno seleciona o que acredita ser importante para sua aprendizagem.

     Portfólio de avaliação

    Documenta o processo de aprendizagem do aluno: seus comentários sobre os pontos trabalhados de acordo com os objetivos curriculares.

    Passos para a criação de um portfólio

    O portfólio é composto de duas importantes dimensões: o produto (um portfólio completo) e o processo, que envolve um olhar seletivo e crítico sobre as atividades de aprendizagem. O processo de desenvolvimento de um portfólio consiste de quatro passos básicos: coleção, seleção, reflexão e projeção.

    ü A coleção de atividades realizada pelo aluno exige planejamento de acordo com os objetivos de aprendizagem que se deseja atingir, ilustrando e documentando o que o aluno aprendeu.
    ü A seleção é o momento que o aluno (com a ajuda, se desejar ou se estabelecido) examina o que foi coletado para identificar quais atividades melhor demonstram o seu processo de aprendizagem, no sentido de sinalizar limites, recuos, possibilidades e avanços.
    ü A reflexão constitui-se em um momento especial, pois o aluno articula (por escrito) sua apreciação sobre cada trabalho selecionado para compor o portfólio.
    ü A projeção, estágio final da elaboração do portfólio, consiste em definir objetivos para o futuro. O aluno analisa os trabalhos realizados como um todo avalia e projeta ações para melhoria e aprofundamento.

     Estrutura do portfólio
    :

     Capa;
     Identificação;
     Sumário ou índice;
     Introdução;
     Justificativa ou objetivos;
     Desenvolvimento;

     Conclusão;
     Bibliografia. 


    Itens que podem constar

     Pesquisas;
     Amostras de trabalhos sobre o tema;
     Diário de aprendizagens;
     Fotografias;
     Reportagens com o comentário do aluno a respeito do tema;
     Registros escritos;
     Entrevistas;
     Referências bibliográficas;
     Registros de casos;
     Relatos narrativos, produções textuais;
     Gravações de áudio e vídeo;
     Listagem, tabelas e gráficos;
     Situações-problema envolvendo o assunto;
     Colagens (dobraduras, recortes, objetos, plantas, etc.);
     Auto-avaliações;
      Resumos de filmes, seminários, etc.;

     É importante ressaltar que o portfólio é um instrumento de avaliação personalizado, cuja estrutura e conteúdo diferem, mesmo quando produzido num mesmo contexto escolar.

    Temos ainda como instrumentos de avaliação:

     Relatórios;
     Seminários;
    Questionários;
     Auto-avaliação;

    Confecção de cartazes, álbuns temáticos, maquetes, apresentação de jornal escrito ou falado produzido pelo aluno, criação de jogos relacionados a determinado tipo de conteúdo, entre outros recursos.

    Bibliografia:

     BARBIER, J. M.. A avaliação em formação. Porto: Edições Afrontamento, 1985.

    ESTEBAN, Maria Teresa. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5 ed.- Rio
    de Janeiro, 2003.

    LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 13ª ed., São Paulo: Cortez, 2002.

    MORETTO, Vasco P. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. Rio de Janeiro: Lamparina,2007.

    PELLEGRINI, Denise. Pesquisa é coisa séria. Revista Nova Escola. São Paulo: Editora Abril. maio,1999.
    __________. Avaliar para ensinar melhor. Revista Nova Escola.Edição nº 159 São Paulo: Editora Abril. Fevereiro, 2003.

    SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? : Como avaliar? : critérios e instrumentos. Petrópolis ,RJ: Vozes: 1995.

    SEIFFERT, Otília M. L. B. Portfólio de avaliação do aluno: como desenvolvê-lo? São Paulo: PUC,2003

    SMOLE, K.C.S. Inteligência e avaliação: da idéia de medida à idéia de projeto. Tese de doutorado pela FE/USP, 2001.